Há
cerca de 2.500 anos, desenvolveu-se na Grécia uma das civilizações mais
importantes da Antiguidade e também uma das mais influentes de toda a história.
Arquitetos gregos criaram estilos que são copiados até hoje. Seus pensadores
fizeram indagações sobre a natureza que continuam a ser discutidas nos dias
atuais. O teatro nasceu na Grécia, onde as primeiras peças eram apresentadas em
anfiteatros abertos. Foi em Atenas, uma cidade Estado (polis), que se fundou a
primeira democracia, isto é, o governo do povo. A democracia ateniense incluía
apenas os cidadãos homens, excluindo escravos (um número muito alto) e
mulheres, portando, uma minoria votava. A sociedade grega atravessou diversas
fases, atingindo o apogeu entre os anos 600 e 300 a.C., com grande
florescimento das artes e da cultura. A Grécia foi unificada por Filipe da
Macedônia. Seu filho, Alexandre o Grande, disseminou a cultura grega pelo
Oriente Médio e pelo norte da África.
Tróia - Aos quarenta e seis anos de
idade, Heinrich Schliemann mantinha intacta a fé nas leituras homéricas ouvidas
na infância dos lábios de seu pai. A essa altura, depois de aprender grego e
dono de sólida fortuna, parte em busca de um mundo sonhado, um mundo oculto que
não crê (contrário aos especialistas da época) seja ficção. Em contato com os
lugares homéricos, Schiliemann discorda mais uma vez dos que vêem em Bunarbashi
a legendária Tróia (bastante afastado do mar). O coração - e os documentos
históricos que afirmam que no século VI a.C. ali esteve o Novum Ilium -
dizem-lhe, ao contemplar a colina de Hissarlik, que ali debaixo está Tróia. Dá
início às escavações em 1870. Estas demonstram que aquela colina oculta ruínas
de diversos povoados superpostos. Qual deles terá sido a Tróia da Ilíada? O
mundo inteiro se comove quando Schiliemann anuncia que no segundo povoado
encontra-se o Tesouro de Príamo, depois de remover 250.000 metros cúbicos de
escombros, à partir do nível inferior. Após dispensar os operários da escavação,
ele escava, ao anoitecer, as muralhas da cidadela recém descoberta juntamente
com sua esposa (uma jovem grega também apaixonada por Homero). Naquela noite
ele retira dois diademas de ouro, 4.066 plaquetas, 16 estatuetas, 24 colares de
ouro, anéis, agulhas, pérolas..., num total de 8.700 artefatos provavelmente
guardados num cofre por alguém que teria abandonado precipitadamente a cidade
ao ser assaltada. Pesquisas posteriores deixam controvérsias sobre se aquele
era ou não o nível onde tivera sido edificada tróia, mas sabe-se ao certo que a
mítica cidade existira no local há milênios.
Micenas - Schiliemann prossegue com suas
pesquisas, agora seu objetivo era encontrar a famosa "Micenas rica em
ouro", como descreviam os textos homéricos. Ele começou as escavações no
local que achou mais conveniente, ignorando as opiniões do "enterados"
no assunto. Acertou em cheio e logo se deparou com uma espécie de altar que
poderia ter servido para a prática de sacrifícios de cunho religioso.
Depois de algum tempo ele consegue chegar aos sepulcros. Ao abrí-los, um
círculo de refulgentes machados, lanças e outros objetos parecem querer
defender os cadáveres, os quais encontravam-se cobertos por máscaras e discos
de ouro na fronte e sobre os olhos. A terceira das cinco tumbas abrigava
esqueletos femininos e encontrava-se cheia de objetos de ouro e jóias.
Schiliemann escreveu à um amigo a seguinte frase: "Encontrei um tesouro
tão fabuloso que todos os museus do mundo reunidos equivalem a sua quinta
parte". A máscara funerária que ele atribuíra à Agamemnom, no entanto, não
tivera pertencido àquele famoso rei grego e combatente da Guerra de Tróia. Os
especialistas demonstraram implacavelmente que aquelas tumbas eram
anteriores à grande rixa com os troianos.
Tirinto - Em
Tirinto, as ruínas do grandioso palácio argólida já há tempos havia sido
localizada pelos arqueólogos, mas a maioria deles acreditava que os muros
queimados remontavam a época medieval. Schiliemann porém, escavou muito, logo
retirando as impressionantes muralhas que rodeiam a vila. As pinturas
encontradas esclareceram o avançado grau de civilização daquelas populações do
Peloponeso e foram um convite para que escavasse as ilhas do Egeu. Homero
contava que um dos soberanos que combateram com os troianos era Idomeneu, rei
de Creta. Obtida a permissão para escavar, o proprietário exigiu um preço
elevado que Schiliemann, embora riquíssimo, se recusou a pagar. Anos depois, um
inglês de nome Arthur Evans atendeu às pretensões do dono: o palácio de
Minos foi descoberto e mostrou uma formosa e tangível realidade.
Creta -
Bastaram umas horas de trabalho para que Evans encontrasse o fruto de suas
escavações. Três semanas depois, estava a frente de uma construção
impressionante (ocupava uma extensão de mais de um hectare) que deixava
pequenas as de Micenas e Tirinto. À memória de Evans chegaram as palavras de
Homero: "E em Creta se encontra Cnossos, uma grande vila onde, durante
nove estações, reinou Minos, amigo inseparável de Zeus Todo Poderoso". A
obra era de exterior muito simples, ao contrário do interior, que era
intrincado. As prodigiosas pinturas encontradas do lado interno falavam
claramente do esplendor da civilização minóica. A emoção de Evans e dos
trabalhadores chegou ao máximo quando encontraram o "Salão do Trono",
com os altares em honra à Grande Deusa (divindade que remonta a época dos agrupamentos
matriarcais do neolítico), porcelanas, pinturas, etc. O que mais impressionou
neste grande edifício foi o excelente serviço de encanamentos e de escoadouro.
As pinturas retratavam um ambiente de fim de século. Vale lembrar
que Evans passou 25 anos escavando em Cnossos.
Alexandre, O Grande
Após
sucessivos conflitos internos na Grécia, como a Guerra doPeloponeso (431 a.C.),
entre Atenas e Esparta, da qual a última saiu vitoriosa, inciou-se um período
de enfraquecimento da Cidades Estados gregas. Houve ainda uma hegemonia
temporária de Tebas, que foi sucedida pelo início das incursões de Felipe da
Macedônia (localizada ao Norte da Grécia) sobre o restante do mundo grego (338
a.C.).
Os exércitos de Alexandre, O Grande da Macedônia (que deu continuidade
às conquistas de seu pai, Felipe), em oito anos já haviam conquistado quase
todo o mundo conhecido daquela época: da Grécia à Índia; do Egito ao Cáucaso.
Seus homens cansados se amotinaram (não queriam mais acompanhar o grande
general), o que obrigou-o a regressar de suas campanhas militares. No Irã
(antiga Pérsia), ainda pode ser visto o que sobrou dos palácios que Alexandre
Incendiou. No Egito ele foi elevado à condição de deus. Durante uma batalha
porém levou uma flechada no peito, mas como um milagre se salvou, e veio a
morrer anos depois (323 a.C.) por UMA PICADA DE MOSQUITO que lhe transmitiu a
malária. Como um sonho fabuloso a pequena Macedônia dominou o mundo, Alexandre
foi imortalizado em mosaicos, estátuas de rocha e em contos que narram vitórias
intermináveis de um homem que como um deus marchou sobre o mundo antigo e,
apesar de sua vida curta (33 anos), marcou para sempre a história
mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário